segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Isto só em Portugal!!!



Que vergonha!!!

Perseguido até na própria morte!

A Campa de João Inácio já teria sido apalavrada para outra família...
(não teria sido melhor ver isso antes de enterrarem o senhor??)

Era um desgraçado que nem defunto tem descanso. Servia de gozo dos outros enquanto foi vivo, morto no excesso de uma dessas brincadeiras mal calculadas, João José de Almeida Inácio, descoberto na semana passada preso à grade de um café na aldeia da Borralheira, no Teixoso, Covilhã, continua a ser perseguido no eterno descanso.....
Foi sepultado num quinhão de terra que já teria dono...

Como a sina de bobo da corte de que aquele homem de 42 anos foi alvo durante anos, o boato circula na localidade com pormenores de malvadez. João Inácio terá que ser "desenterrado", diz-se à boca cheia.

O mal é que a história, confirmada junto de um irmão da vítima, tem ponta por onde se pegue. "A campa estava apalavrada"! António José Almeida de Jesus foi avisado do problema pela solidariedade sem tacto de um vizinho, no próprio funeral do irmão. Enquanto assistia consternado à maneira com que fora aberta a cova - "teve que entrar para lá um homem abrir mais um bocado, que a urna nem cabia!" - ouviu dizer que o terreno "estava vendido".

Sem conseguir falar com o presidente da Junta do Teixoso, António José Almeida foi desde então confirmando parte do boato. Segundo funcionários da autarquia, a compra do terreno "foi falada", mas não concretizada. E a esposa do interessado na aquisição admitiu que estava apalavrada, embora ela preferisse para última morada outro canto do enorme cemitério vazio da Borralheira.

O certo é que João Inácio foi sepultado numa vaga que não fazia grande sentido bem no meio de uma das três filas de campas arrumadas a um canto do cemitério. "Não acredito que não haja nada escrito. Aquela campa sempre esteve marcada para aquela família. Acha normal que se deixe um espaço vazio e se continuem a enterrar pessoas a seguir na fila?"

O desespero de António Almeida não tem descrição. Isto é uma pouca-vergonha que vai por aqui! A mesma que, conta, fez com que uma senhora do Teixoso chegasse junto à sepultura de um familiar morto havia anos insuficientes para se transformar em pó e encontrasse lá outro falecido, enterrado de fresco. "O povo da Borralheira está revoltado", diz.

João Inácio foi encontrado morto na manhã de 28 de Outubro. Preso à grade de um café e à roda de um carro ali estacionado e rodeado de garrafas vazias. Terá morrido por asfixia, com o álcool que lhe fizeram beber. Era divorciado, desempregado e "bebia o seu copito".

Estamos no terceiro mundo ??????





3 comentários:

Rosa Maria disse...

Ana Maria

Este homem nasceu mesmo para ser infeliz.
A vida maltratou-o e até para morrer foi daquela forma desumana e brutal.
Depois de morto parece que teimam em não dar descanso ao corpo, esperemos que pelo menos o espírito consiga estar em paz.

Boa semana

Maria Inácio disse...

Olá!!
Passei só para agradeçer a visita as minhas "Vivências".
Aproveito para deixar um enorme bem haja a pessoas como a sra.
Aprender até morrer, assim mesmo é que tem de ser.
Tenho uma grande admiraçao, pelas pessoas que nao ficam de braços cruzados e dizem-"burro velho nao aprende linguas".
O nosso cerebro tem uma capacidade enorme, temos é de pô-lo em funcionamento e nao deixar que adormeça.



Deixo-lhe um grande abraço e uma promessa de voltar mais vezes.

AL disse...

Fátima
Obrigada pela sua visita e pelas suas lindas palavras.
Realmente faço o possivel para acompanhar o ritmo como dizem os mais novos...e também não me sinto velha!!!!
Volte sempre.
Um abraço